Movimentos horizontais da litosfera - da formação de riftes à formação de cadeias montanhosas
- Ana Carvalho
- 14 de dez. de 2015
- 3 min de leitura
Dorsais oceânicas
É o relevo mais expressivo da superfície do planeta, encontrando-se totalmente cobreta pelas águas dos oceanos. Em 1974, com o submersível Alvin iniciaram se as expedições para observação direta complementadas por estudos indiretos (dados obtidos através de navios à superfície). A nível de extensão, a dorsal médio-oceânica é marcada pelo vale de rifte com uma largura de 30 Km e profundidade de 2000m, sendo a única com um vale deste tipo.Foram também observadas fraturas no interior do vale, paralelas ao seu eixo de grandes e pequenas dimensões. Estas fraturas, segundo os geólogos, são falhas normais, ou seja, associadas a limites distensivos. Na crita do vale é frequente a ocorrência de atividade vulcânica de vale de rifte(devido à presença de basalto), como é caracterizada, o seu magma tem origem na astenosfera. Esta estrutura é também marcada por zonas tranversais ao seu eixo, verificando-se atividade sísmica do tipo superficial, devido aos movimentos opostos dos blocos, associados a limites de falhas transformantes. de ambos os lados da estrutura cada porção apresenta a mesma direção de movimento dos blocos. Estas falhas tranformantes percorrem kilómetros nos fundos oceânicos chegando a atingir continentes, daí o seu nome. uma vez que terminam em zonas de subducção assistindo a processos de acreção. A dorsal médio-oceânica não é uma estrutura contínua, mas sim cortada transversalmente por fraturas e falhas transformantes, apresentando assim um deliniamento irregular.

Arcos Insulares intra-oceânicos:
Com o afastamento da dorsal médio-oceânica, a litosfera vai arrefecendo tornando-se mais pesada. O equilíbrio entre a litosfera e a astenosfera torna-se então mais estável, bastando apenas uma fratura por ação de algum agente, para que um dos bordos mergulhe na astenosfera onde se encorpará, formando uma fossa oceânica. Ao ocorrer isso vai haver destruição através das subducção da placa mergulhante. A erupção dos magmas formados por este processo de subducção pode formar alinhamentos de ilhas vulcânicas no interior de um oceano, tornando se assim arcos insulares intra-oceânicos que se alinham em arco paralelamente à fossa oceânica.

Riftes continentais:
Nos continentes, tal como nos oceanos também pode existir riftes, correspondendo, em alguns casos, a um estádio de formação inicial deste tipo de vale.
A distensão da litosfera conduz à formação de falhas normais, sendo que a conjunção do movimento relativo entre os blocos pode originar a formação de depressões ou de relevos, sendo estes, graben e horts.
Os riftes continentais podem ser considerados graben.

Bacias sedimentares:
As bacias sedimentares são depressões da superfície terrestre, nas quais se depositam, ou depositaram, sedimentos e ou materiais vulcânicos. Estas estruturas formam-se devido a abatimentos da litosfera por um processo que se designa subsidência.
As principais causas geológicas da subsidência são:
Arrefecimento da litosfera, o que aumenta a sua densidade;
Estiramento da litosfera, devido a forças tectónicas distensivas;
Flexão e afundamento forçado da litosfera, à semelhança do que acontece em zonas de subducção;
Sobrecarga provocada, por exemplo, pelo peso dos sedimentos.
Existe três grandes tipos de bacias sedimentares, em função do fator geológico que controla a subsidência:
Bacia cuja subsidência é controlada pelo arrefecimento da litosfera;
Bacias frontais (evolução controlada pela flexão da litosfera);
Bacias de estiramento (formadas por adelgaçamentos da litosfera)
Quando a evolução da bacia é controlada pelo arrefecimento da litosfera, podem se considerar dois subtipos:
Se a litosfera em arrefecimento é continental, formam-se bacias intracontinentais;
Se a litosfera em arrefecimento é oceânica, formam-se bacias oceânicas, como as planícies abissais;

Posts recentes
Ver tudoAqui segue um breve vídeo muito esclarecedor acerca da deriva continental.
- A ascensão do material sobreaquecido ao nível do manto “empurra” a placa litosférica num dos seus limites (zonas de rifte). - O...
Comments